Curvas de nível são um conjunto de linhas imaginárias obtidas a partir de um levantamento topográfico de uma determinada área ou região, as quais ligam pontos que possuem a mesma altitude. Elas servem para se produzir mapas topográficos para uma melhor captação do desnível de um terreno.
Assim sendo, as curvas de nível são equidistantes em termos de altura. Quando um terreno apresentar uma grande distância entre as curvas de nível isso representa um desnível suave do terreno. Já uma menor distância entre elas representará um desnível maior na área estudada.
Além disso, por meio delas é possível a representação do relevo em diferentes partes do terreno, ajudando os profissionais a escolher áreas apropriadas para diferentes usos.
Destaque-se, ainda, que é muito incomum o cruzamento dessas linhas que representam as curvas de níveis, com ressalva apenas das paredes das rochas em posição vertical.
Criando as curvas de nível
Quando falamos em produção das curvas de nível, esta pode ser feita tanto através do levantamento topográfico convencional, quanto pela fotogrametria (entenda mais sobre a diferença desses métodos).
De toda forma, seja pelo método tradicional ou aerofotogramétrico, será necessário a criação de um modelo digital do terreno (MDT), contendo todas as informações do local trabalhado.
Ademais, quando se tratar de aerofotogrametria, será imprescindível a colocação de pontos de controle estratégicos que irão servir para medição da imagem real em todos os seus ângulos, os quais vão culminar em uma nuvem de pontos.
Importância do uso de curvas de nível
Por sua simplicidade e facilidade de reprodução, o uso de curvas de nível é a forma mais comum de se documentar o relevo na construção civil.
No entanto, como preservam muito menos detalhes do que o terreno original, se comparadas com uma MDE (Modelo digital de elevação) por exemplo, elas também podem terminar escondendo falhas de reprodução da área em estudo.
É importante, se for possível, fazer sempre uma representação tridimensional do terreno, incluindo a materialização de pontos de controle (como falado anteriormente) que possam ser aferidos por um profissional externo, garantindo assim a acurácia do levantamento topográfico.
O conhecimento do terreno é o ponto inicial e crucial do seu projeto, um cuidado extra nessa etapa pode ser o diferencial para que sua obra transcorra de maneira rápida e sem surpresas desagradáveis, desde o momento da terraplanagem até a finalização de todos os processos.